O Grupo BMS, que é dono da Liga NFA, anunciou a compra dos direitos de transmissão e operação do GrandSlam, circuito de campeonatos de Free Fire emulador. Em conversa exclusiva com o Tropa, Bernardo Assad, Marcelo Camargo e Samuel Gonçalves falaram sobre a transação e a importância de fortalecer o cenário emulador.
Segundo os empresários, a aquisição dos direitos de transmissão não foi vista como uma compra de um competidor, mas sim como uma forma de aquecer a cena. Para Samuel Gonçalves, essa transação irá ajudar todo o ecossistema do Free Fire emulador a se retroalimentar, uma vez que serão mais transmissões e mais conteúdo para os influencers do cenário.
“É importante para esse aquecimento de cenário. É importante para o público ter competição, não ser só NFA. Então, final de semana ele tem NFA, no meio da semana ele tem um GrandSlam. Ao mesmo tempo, você leva conteúdo para o próprio influenciador. Porque ele passa a ter mais um campeonato competitivo, onde ele pode levar conteúdo competitivo para o cara que é casual”, comenta Samuel.
TRABALHO INDEPENDENTE
Ainda sobre o cenário, o trio da BMS ressalta que a compra foi feita, claro, com uma visão empresarial e de negócios, mas também como uma forma de ajudar a juntar forças entre produtos de qualidade. Logo, Bernardo Assad pontua que eles não adquiriram os direitos de transmissão do GrandSlam para ensinar o que deve ser feito, mas assim para somar poder de fogo.
“Claro que a gente coloca nossas necessidades para eles, como marcas que vão participar, e eles fazem, mas a gente não foi ali para ditar regras para eles. A gente não quer isso. A gente sabe que eles funcionam muito bem e só chegaram aqui porque funcionam muito bem. A opção de fazer isso com o GrandSlam é porque a gente sabe que eles fazem muito bem. Então a gente só cuida da parte de mídia mesmo”, pontua Bernardo.
MISTURA DO EMULADOR E MOBILE
Falar em Free Fire emulador, é falar de alguns pontos de tensão entre a Garena, desenvolvedora do jogo, e as organizadoras do torneio. Sobre este tópico, o trio BMS se mantiveram políticos, mas, ressaltaram que, em termos de alcance de público, eles não acreditam que ser jogador de um formato atrapalhe a consumir conteúdo do outro.
“Nosso público hoje, grande parte dele, é o jogador mobile, mas eles gostam de assistir a competição emulador, porque ela tem uma pegada diferente. Eu não vejo a gente concorrendo com a LBFF, que tem uma pegada muito diferente de nível de jogo, não de jogabilidade, mas de nível de jogo mesmo, de como as equipes se comportam, como a galera se comporta”, analisa Marcelo.
Apesar de não falar diretamente sobre a Garena, os empresários avaliam que é melhor que a comunidade esteja consumindo Free Fire, ainda que no emulador, do que partir para algum outro produto. Além disso, eles deixam o recado da importância do cenário emulador para o battle royale como um todo.
“Grande parte do cenário que assiste emulador, é uma galera que também consome LBFF e coisas afins. É melhor ter gente assistindo campeonato emulador, consumindo Free Fire, do que perder gente que fala que vai consumir outro jogo. Então a pessoa acaba saindo do Free Fire para consumir outro jogo, então é melhor a gente manter esse cenário aquecido, fazendo investimento do nosso bolso, como empresa, para ter esse retorno e manter o cenário aquecido. Porque o emulador movimenta o cenário Free Fire como um todo”, finaliza Samuel.
Atualmente, o circuito de torneios do GrandSlam conta com os seguintes campeonatos: