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Profissão caster: conheça os bastidores de uma das principais profissões dos esports

Eles são o coração de qualquer campeonato, e por crescerem cada vez mais, criam um cenário melhor para os esports

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Por NFA

O que seria de uma competição sem a narração? A emoção, a vibração e energia que um narrador passa durante uma partida é incomparável! Mas se engana quem pensa que basta uma voz para narrar. A prática e o treino são essenciais, tudo isso, junto a um enorme conhecimento dos games. 

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Tá achando que narração é só o Galvão Bueno gritando “Haja Coração!” no final da Copa do Mundo? Então venha conhecer um pouco dos bastidores da profissão de caster dos esports!

A HORA DO SHOW!

De acordo com uma pesquisa da consultoria PwC, o mercado de games nacional deve crescer uma média de 5,3% até 2022. Esses números são cada vez mais impulsionados pelos torneios de esports, que dão visibilidade para o cenário.

Consequentemente, o crescimento do mercado dos games e do cenário competitivo tem trazido destaque para uma profissão: os narradores de esports.

Quando as câmeras são ligadas e a transmissão começa, são eles, os casters, que dão a personalidade e o espírito de qualquer competição. Mas não é só narrar o que está acontecendo na tela, o trabalho dos narradores também é envolver e prender o público naquele conteúdo.

AS NARRAÇÕES DE FREE FIRE

Dentro do cenário de Free Fire, a Liga NFA (National Free Fire Association) conta com uma equipe de casters responsáveis pela apresentação e narração de todos os torneios que acontecem. São eles: Samuel “JogaSamuca” Hernandez, Isaque “Cabelo” Teixeira da Silva, Fernanda “Nanda” Belíssimo e Alessandra “Alê Maze” Tramontini.

O grupo foi criado desde o começo do campeonato, sendo Samuca o primeiro apresentador, seguido por Alê Maze, Nanda Belíssimo e Cabelo, a mais recente contratação para o corpo de narradores. 

Alê Maze é uma das apresentadoras da NFA. Foto: Divulgação/NFA

Hoje, eles comandam as transmissões e trazem análises das partidas, dos jogadores e das equipes. Também interagem e animam o público, e claro, narram as partidas de Free Fire!

Não importa a transmissão, eles chamam a atenção pela narração! O motivo? Para Samuca, “a NFA dá uma liberdade que não vejo em outros casters, sou autêntico e 100% transparente na live e isso me dá confiança demais”.

AS DIFICULDADES DA PROFISSÃO

Como qualquer outro trabalho, a narração de esportes tem seus altos e baixos, e principalmente suas dificuldades. O nervosismo é o fator principal que pode atrapalhar durante uma apresentação.

Mas Samuca tem a dica certa para combater o nervoso que pode bater: “o principal é tentar ser você mesmo”.

Além disso, Cabelo ressalta que, saber lidar com os momentos mais “frios” das partidas pode ser um desafio para qualquer narrador. Afinal, ninguém gosta daquele silêncio constrangedor, né? Nessas horas, o jogo de cintura fala mais alto!

Cabelo e Samuca narrando a NFA. Foto: Divulgação/NFA

E mesmo com o crescimento da diversidade no cenário dos esports, o preconceito ainda é uma barreira real, principalmente para as mulheres.

“Infelizmente sinto que ainda há preconceito no meio, temos pouquíssimas mulheres narradoras, por exemplo”, comenta Alê Maze.

Essa, para a caster, ainda é uma luta diária que precisa ser enfrentada dentro do competitivo dos games digitais. 

PREPARAÇÃO

Antes de começar qualquer narração, é importante ter preparação! E não só ficar em dia com o que está acontecendo na competição, mas também cuidar da voz!

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“Antes de todas transmissões, nossa preparação vem de alongamentos e aquecimentos vocais. Isso faz com que a gente se sinta mais solto durante as transmissões e a voz não falha dando mais confiança a nós casters”, explica Cabelo.

Assim, é garantia de que a voz fique 100% durante toda a transmissão!

OS PRIMEIROS PASSOS NA PROFISSÃO

Com os casters da NFA, a paixão pelos games os levou para a narração, sendo esse o sonho de muitos outros apaixonados. Por isso, começar aos poucos e se inspirar em quem já está no cenário são um bom “start”.

Cabelo, Samuca e Alê Maze durante a Copa NFA. Foto: Divulgação/NFA

“Tente juntar um dinheiro e começar a fazer as transmissões de casa mesmo, com uma qualidade de som e imagem boas. A evolução da voz e todo o talento são coisas em constante evolução. Não desanimar com transmissões com baixo público, isso vai sempre acontecer”, aconselha Samuca.

E Nanda completa:
“Não desistir, treinar e assistir pessoas que você se inspira!”.

OS TALENTOS

Samuel “JogaSamuca” Hernandez

Tempo na profissão:

Comecei em 2013, narrando meu primeiro evento de Point Blank.

Primeiro contato com a narração de esportes:

No Point Blank, organizei um evento e simplesmente não tinha quem poderia apresentar e narrar, sobrou pro Samucão!

Quais jogos já narrou:

CS:GO, Point Blank, Crossfire, Crossfire Legends, PUBG, PUBG Mobile, Assault Fire, Zula e atualmente, Free Fire.

Tempo como caster da NFA:

Minha primeira transmissão foi em 22 de julho de 2019

Momentos marcantes da carreira:

Em 2016, fui a Seul na Coreia do Sul e narrei/comentei com o Murilão o Brasil ser campeão mundial de Free Fire. A NFA Season 4 com mais de meio milhão de pessoas assistindo e com convidados especiais foi algo que mexeu comigo também!

Alessandra “Alê Maze” Tramontini

Tempo na profissão:

1 ano

Primeiro contato com a narração de esportes:

Com o convite para participar da NFA

Quais jogos já narrou:

Free Fire

Tempo como caster da NFA:

1 ano, foi minha primeira oportunidade e contato com narração de games 

Momentos marcantes da carreira:

A final da season 4, com a estrutura totalmente diferente, show, foi sensacional. 

Isaque “Cabelo” Teixeira da Silva

Tempo na profissão: 

8 meses

Primeiro contato com a narração de esportes:

No primeiro evento de Free Fire no Brasil, fui convidado a transmitir e narrar as classificatórias da “Copa Brasil Free Fire.

Quais jogos já narrou:

Free Fire

Tempo como caster da NFA:

8 meses

Momentos marcantes da carreira:

A estreia na final da Season 3, que foi a minha estreia oficial na NFA. Era minha primeira vez participando da apresentação da final de um evento ao vivo gigante, coração a mil!

Fernanda “Nanda” Belíssimo

Tempo na profissão: 

Trabalho a um pouco mais de um ano

Primeiro contato com a narração de esportes:

Meu primeiro contato foi na NFA

Quais jogos já narrou:

Free Fire

Tempo como caster da NFA:

Um pouco mais de um ano

Momentos marcantes da carreira:

 A primeira Liga Feminina, que foi quando comecei e a quarta edição da NFA, uma final incrível!

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