Na última quinta-feira (10), a manager do Fluxo, Maria Arlete “Dona” Tavares concedeu entrevista ao Observatório de Games, onde pode falar sobre as experiências profissionais, motivações e dificuldades enquanto mulher atuando no cenário de esportes eletrônicos.
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Dona chegou ao Fluxo em agosto de 2021, para atuar a frente da line que chegou com pompas ao cenário emulador de Free Fire, junto à Bak, Two9, Since, Scraly e Splash, além do coach Avenger. Ficou de agosto de 2021 até janeiro de 2022, onde chegou para comandar a line feminina do Fluxo.
Dona comentou sobre os desafios que teve na carreira, e também sobre como é ser mulher num cenário que ainda há a distinção em campeonatos masculinos e femininos, onde a manager do Fluxo não concorda com a separação das modalidades e acha que deveria ser tudo uma coisa só.
“Eu também faço esse questionamento. Nós mulheres queremos igualdade, intelectual, cognitiva, psíquica entre homens que mulheres. Não há afirmação mais exata, do que homens e mulheres terem a mesma capacidade mental, acredito que não há como contestar isso. Essa fase de separar homens e mulheres já passou, isso é segregação. E eu sou absolutamente contra.“, disse Dona.
Um outro ponto levantado na entrevista foi de quando Dona presenciou uma situação constrangedora, onde um dos players em que ela comandava proferiu uma fala machista, mandando uma outra mulher ir “lavar louça”. Atitude esta, que segundo ela, foi repudiada instantaneamente.
“Eu me senti ofendida naquele momento, e discriminada por não ser homem. Minha atitude foi repreendê-lo a recobrar a consciência de que ele faltou com respeito gravemente. O game necessita desse fair play.“
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Durante sua trajetória nos esportes eletrônicos, Dona colecionou troféus e conseguiu o respeito de pessoas do cenário, transformando-se numa referência para outras mulheres que desejam fazer parte do mundo dos esportes eletrônicos. Como manager já conquistou Liga NFA S5, Copa Shariin, Legends Cup, Copa Nobru S3, Super Liga GSC S2 e uma LBR S4.
