“Ficava de uma da tarde até as três da manhã me dedicando”, diz Eric, do AfroGames

No último sábado (12), em evento realizado na sede do AfroGames, em Vigário Geral, no Rio de Janeiro, o jogador da organização Eric “Eric21” Robson concedeu entrevista exclusiva à Tropa Free Fire. Na ocasião, ele comentou sobre como está sendo a experiência de estar numa organização, apoio da família e decisões que tomou para escolher o Free Fire.

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O jogador de 19 anos foi um dos selecionados para fazer parte do projeto AfroGames. Além dele, outros quatro jovens de baixa renda do estado do Rio de Janeiro também estão na equipe, incluindo uma mulher. Eric comentou à Tropa Free Fire sobre a responsabilidade de estar jogando uma série C e sobre o pouco tempo que estão juntos.

“Estamos juntos há pouco tempo, cerca de um mês e meio. Porém, é uma coisa que nós queremos muito (conquistar o acesso à Série B), todo mundo quer e tem o mesmo objetivo. Mesmo que sejamos menos pressionados por todos, entre nós a gente coloca uma pressão a mais para poder chegar onde a gente quer.”

O mundo atual ainda não está 100% habituado com os jovens escolhendo serem jogadores de Free Fire em vez de buscarem meios tradicionais de ingresso ao mercado de trabalho. Eric, por exemplo teve de decidir entre servir o quartel ou ser jogador profissional de Free Fire. No fim, o coração falou mais alto e a família do jogador o apoiou na decisão.

“Antes da seletiva, eu ia para o quartel, fiquei até com medo de decepcionar o meu pai caso eu escolhesse o Free Fire, mas depois que saiu a reportagem ele me apoiou muito, chegou a chorar quando viu… Minha mãe agora me apoia muito mais também. Antes ela não deixava eu jogar muito, coisa de mãe.“

Ser jogador de uma organização, representar uma equipe e ser visto, com certeza é um dos sonhos da maioria dos jogadores de Free Fire em ligas consideradas amadoras. Jogar a Série C também é uma experiência única que nem todo mundo consegue realizar. Quando perguntado sobre a expectativa em jogar a Série C, o jogador disse “estar pronto” e que se “dedicou muito para alcançar o topo.”

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Confira a entrevista na íntegra:

– Vocês estão agora com a responsabilidade de estar num time da Série C. Nós sabemos que o cenário é competitivo, mas vocês estão no começo de um projeto. Acredito que vocês chegam um pouco mais pressionado do que o time que estão lá mais tempo. Queria saber como tem sido a preparação e o dia-a-dia da equipe para conseguir fazer bonito na Série C?

“Estamos juntos há pouco tempo, cerca de um mês e meio. Porém, é uma coisa que nós queremos muito, todo mundo quer e tem o mesmo objetivo. Mesmo que sejamos menos pressionados por todos, entre nós a gente coloca uma pressão a mais para poder chegar onde a gente quer.”

– O quão é importante para vocês dar o primeiro passo numa estrutura igual vocês têm aqui (na sede do AfroGames)?

“Isso é muito bom, é outro ambiente e ajuda bastante. Até na comunicação do jogo e na harmonia entre nós, ajuda bastante.”

– Vocês estão juntos há um mês e meio e não se conheciam antes. Como está a sinergia do time, montada de tática e etc?

“Todos nós nos conhecemos pela seletiva. Então tá sendo uma coisa muito complicada, às vezes alguém não concorda com a opinião do outro, mas está sendo muito bom.“

– Para você, tendo uma experiência como jogador profissional agora na Série C. Está realizando seu sonho?

“Está sendo uma coisa muito boa. Na pandemia passei dois anos jogando o dia inteiro, acordava, comia e ficava de uma da tarde até as três da manhã me dedicando. Quando consegui aqui, eu me senti muito feliz e é uma realização de um sonho. Muita gente queria estar no meu lugar aqui, por isso tenho que me dedicar para alcançar o topo.“

– Como tem sido na sua família a aceitação na questão de jogos de celular?

“Minha mãe antes da pandemia ela não deixava eu jogar, apesar de não me incomodar. Durante a pandemia eu comecei a conseguir fazer dinheiro com o Free Fire e ela foi soltando as rédeas. Mas depois da AfroGames, ela se soltou de vez e agora me apoia muito mais, procura saber das coisas. Antes da seletiva, eu ia para o quartel, fiquei até com medo de decepcionar o meu pai caso eu escolhesse o Free Fire, mas depois que saiu a reportagem ele me apoiou muito.“

– Manda um recado para a galera que vai torcer por vocês.

“Meu time é muito bom e eu espero que a gente suba, pois eu confio muito neles. Do mesmo jeito que eles confiam em mim, eu confio neles.”