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LBFF: A importância da saúde mental na grande final

Psicólogo esportivo concede entrevista exclusiva ao Tropa Free Fire e destaca importância da mente em momentos de decisão

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Com a grande final da Liga Brasileira de Free Fire (LBFF) se aproximando cada vez mais, os questionamentos sobre a importância da saúde mental nestes momentos de decisão sempre vêm à tona. O Tropa Free Fire entrevistou o psicólogo esportivo Adriano Banaco, que detalhou como funciona a mente de um atleta em momentos de grande pressão.

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Adriano Banaco é psicólogo esportivo com formaçao exclusiva na Tribe Team. Está há dois anos no cenário dos esportes eletrônicos e possuis passagens por grandes organizações, como: GOD Unidas, DeusesBando de Loucos (BDL), São Caetano, Complexo Jardim Elba, Hummers Sports e recentemente na TerrorNET.

Segundo o profissional, a principal motivação que um atleta pode receber nas finais desta etapa é a autoconfiança, algo que somente o próprio jogador pode externar. Reviver na mente momentos onde o fez transpirar “sensação vencedora” é muito importante no processo.

A principal coisa é a autoconfiança, e uma confiança interior de que você pode dar o seu melhor e fazer isso com maestria. O que os atletas precisam é das ferramentas e do conhecimento de como obter esse “sensação vencedora”. Isso pode ser feito analisando suas performances e recriando ou repetindo em sua mente momentos em que você jogou muito bem. Se sentir bem com seu corpo e mente é uma das dicas primordiais e que vai fazer diferença, durante a final“, disse.

Adriano Banaco, psícólogo esportivo – Foto: Divulgação

Adriano também falou sobre como os grandes jogadores conseguem ter um bom desempenho mesmo em situações de pressão gigantesca. No caso, ele cita Gerson “General” da Silva, atleta da Vivo Keyd, que saiu com um rendimento ruim nas finais da quarta edição de LBFF e conquistou o título na etapa seguinte.

Muitos jogadores se sobressaem por conta da experiência em momentos de decisão. Um dos maiores atletas de Free Fire que existe na minha opinião General que está na Vivo Keyd. Lembro da final da LBFF 4 onde o time não rendeu. Eu tinha certeza que aquela experiência iria tornar o General em um grande atleta. Split seguinte o vejo levantando a taça. Utilizar as experiências ruins e boas durante a caminhada dos atletas é o diferencial para jogar melhor sob pressão“, comentou.

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A oitava etapa da Liga Brasileira de Free Fire tem data das finais marcada para o próximo dia 15 deste mês. Além de disputarem o título e as duas vagas para o Free Fire World Series (FFWS), as doze equipes também concorrem à uma premiação de R$ 745 mil divididos entre todas as finalistas.

Confira a entrevista na íntegra:

  • Se você tivesse uma dica principal para atletas durante a final da LBFF, qual seria?

Minha principal dica é ter autoconfiança e uma confiança interior de que você pode dar o seu melhor e fazer isso com maestria. O que os atletas precisam é das ferramentas, e do conhecimento de como obter esse “sensação vencedora”. Isso pode ser feito analisando suas performances e recriando ou repetindo na mente momentos em que você jogou muito bem. Talvez fazer anotações sobre esse momentos.  Se sentir bem com seu corpo e mente é uma das dicas primordiais e que vai fazer diferença, durante a final

  • Que conselho você daria para ajudar um time que obteve uma pontuação zerada, durante uma queda na final da LBFF?

Eu começaria pensando no que você quer, por que você está fazendo a atividade e o que você quer dela. Passar pelo menos uns 3 minutos refletindo e respirando de forma calma, antes de puxar seus companheiros para um papo sincero. Todas as 8 quedas durante a final vão ter uma razão para acontecer daquela forma e vale a pena refletir sobre performances anteriores para pensar sobre por que você começou a ter um desempenho insuficiente durante a queda específica. Como fazemos isso? Primeiro, definimos metas com antecedência que sejam gerenciáveis e estejam sob o controle dos jogadores e comissão técnica para esses momentos de crise. Precisamos ter o plano B sempre! Isso torna uma equipe com probabilidades altas de esquecer a queda negativa e já pensar na próxima queda. Tudo precisa ser muito bem preparado, por isso é importante que a comissão técnica tenha sintonia e confiança no trabalho um do outro. O psicólogo precisa ter a mesma importância que um coach e um analista. No fundo eles se complementam para um objetivo: ser campeão 

  • Por que certos jogadores parecem jogar melhor sob grande pressão?

“Há muitas razões. A experiência é uma grande ajuda. Em vez disso, a prática deliberada em condições estressantes e a reflexão sobre o que aconteceu e a modificação do desempenho à luz dessa reflexão ajuda também. Um exemplo claro são os grandes atletas. Um dos maiores atletas de Free Fire que existe na minha opinião General que está na Vivo Keyd. Lembro da final da LBFF 4 em que ele foi um dos MVP’s dos split, mas na final o time não rendeu. Todos ficaram extremamente tristes depois de ficar quase em último lugar na final. Eu tinha certeza que aquela experiência ia tornar o General em um grande atleta. Split seguinte e vejo ele levantando a taça na LBFF5.  Utilizar as experiências ruins e boas durante a caminhada dos atletas é o diferencial para jogar melhor sob pressão”

  • Como os atletas podem superar os nervos antes da grande final? 

Superar as emoções pode ser difícil. Em vez de superá-los, por que não tentar trabalhar com eles? Então, o que eu faria é passar por como jogo os primeiros cinco minutos do jogo, me vendo jogando com sucesso e passando por vários cenários em que jogo bem. Neste caso, os atletas estarão usando as emoções para se lembrar de pensar positivamente. Isso parece óbvio de certa forma, mas fazer a técnica no momento em que é necessária pode ser útil.

  • Quem você acredita que pode surpreender durante a final?

Acredito que a Angels pode ser um time a surpreender durante essa final. O que o Marreta faz como CPT é algo que brilha meus olhos como psicólogo esportivo. Ele tem uma personalidade diferenciada que pode ajudar o time a acreditar que é possível sim levar esse título e ir pro Mundial. Mas vou torcer para ser uma final com todos os times jogando o seu melhor a cada queda. Confio muito no trabalho do treinador da GOD Unidas e acredito que o time pode ir longe também. No mais, o time que tiver uma melhor sintonia entre a  comissão técnica (psicólogo, manager, analista, coach, nutricionista, preparador físico), vai aumentar a probabilidade de fazer os atletas jogarem saudáveis e com isso desempenharem 100% “

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